terça-feira, 1 de abril de 2014

ANEL DE TUCUM




  • "Mais que uma aliança, um compromisso contínuo!"


    Quando me pediram para escrever sobre o “anel preto”, meu Deus, lembrei logo de Dom José Gomes e de tanta gente querida comprometida com o Reino de Deus!
    Há quatro anos, quando Dom Pedro Casaldáliga completou 80 anos de vida, Dom Tomás Balduíno escreveu: “Pedro foi sagrado bispo em 1971, na cidade de São Félix, circundado pelo povo pobre de toda aquela região. Ele recebeu os símbolos litúrgicos que foram inculturados nas culturas dos povos indígenas e camponeses. A mitra era um chapéu de palha, o báculo um remo tapirapé e o anel era feito de tucum, tornando-se, em seu dedo e no de muitos agentes de pastoral, um sinal do empenho pela caminhada da libertação.”
    É bom lembrar que na época do império, quando o ouro era usado em grande escala entre os opressores, principalmente nos anéis, os negros e os índios, não tendo acesso ao ouro, criaram um anel alternativo para o pacto matrimonial, símbolo de amizade entre si e também de resistência na luta por libertação. Era um sinal clandestino e apocalíptico, cuja linguagem somente eles sabiam. Ele agregava os oprimidos, em busca de vida, mesmo no meio de tanta opressão.
    O anel de tucum, desde os tempos do CIMI e da CPT, até hoje, sempre é usado por aqueles/as que acreditam no Deus da vida e tem um engajamento, na perspectiva da educação popular, com as pessoas excluídas da sociedade. Representa a solidariedade que está nas mãos de muita gente que luta pela justiça e se engaja em pastorais sociais e em diversas entidades que lutam a favor dos que são explorados pelo capitalismo selvagem. O objetivo é denunciar as causas da pobreza e apoiar as iniciativas de outro mundo, que é possível!
    Este é o compromisso simbolizado nesta aliança, já que, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, os profetas e apóstolos afirmam a fidelidade de Deus aos pobres e oprimidos. A aliança de tucum é o sinal desta fidelidade. Além da Bíblia, a opção pelos pobres é testemunhada por toda a tradição da Igreja, a partir do Concílio Vaticano II e das Conferências latino-americanas de Medellín e Puebla. Nossa Diocese de Chapecó caminha nesse rumo.
    Quem usa o anel como enfeite ou porque está na moda é bom saber disso! No filme “Anel de Tucum”, Dom Pedro Casaldáliga explica assim o sentido desta aliança: “Este anel é feito a partir de uma palmeira da Amazônia (Bactris setosa). É sinal da aliança com a causa indígena e com as causas populares. Quem carrega esse anel significa que assumiu essas causas. E, as suas consequências. Você toparia usar o anel? Olhe, isso compromete, viu? Muitos, por causa deste compromisso foram até a morte”.

    (Texto de Pe. Cleto Stülp - Publicado no Encarte Voz da Juventude/PJ Diocese de Chapecó de Jun. 2012 - Jornal Diocesano/Diocese de Chapecó)
    *Foto de Dom José Gomes, na 5ª Assembleia Diocesana de Pastoral - 1996
  • fonte: http://assuntosprodutodamente.blogspot.com.br/2012/06/anel-de-tucum.html

quinta-feira, 27 de março de 2014

Mudança de hábito

Olha só o que eu achei (na pagina do face de um amigo meu), compartilhado da pagina da isto é. 
espero que gostem

Mudança de hábito
Aumenta o número de profissionais com carreira consolidada e ótimos salários, como médicos, dentistas e sociólogos, que abandonam tudo para se tornar padres


Rodrigo Cardoso (rcardoso@istoe.com.br)
O paraense Renato Sarmento cresceu cultivando o sonho de se formar em medicina. Primogênito de três filhos de um comerciante e uma contabilista, só conseguiu concretizá-lo depois de tirar a sorte grande. Ele acertou a quina da Mega Sena, em 2007 e, com os R$ 18 mil do prêmio, pagou um semestre inteiro em uma faculdade privada. Mais adiante, conseguiu um financiamento estudantil para arcar com o restante do curso. Assim, pôde se tornar o primeiro médico da família. Empregado em dois postos de saúde e num hospital público em sua cidade natal, Paragominas, o rapaz tinha carro, um salário de R$ 17 mil e namorava. Sua carreira ia tão bem que conseguiu um estágio no departamento de neurocirurgia do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Mas Sarmento não se achava pleno. “Sentia uma inquietação, um vazio”, diz ele, sentado no banco de um seminário católico, na capital paulista, seu novo endereço desde o mês passado. 
abre.jpg
OPÇÃO 
O médico Sarmento terminou com a namorada, trocou um salário de R$ 17 mil
e uma carreira promissora para encarar nove anos de estudos e se tornar padre
Sarmento abandonou a carreira, terminou o namoro, abriu mão dos bens materiais e é, hoje, aos 25 anos, um dos 17 seminaristas matriculados no curso de propedêutica do seminário Nossa Senhora da Assunção. Seu novo sonho é ser padre. Foi na capital paulista, no silêncio da Catedral da Sé, em meados de 2013, que ele sentiu esse chamado, logo anunciado ao pároco local. De volta ao Pará, conheceu um padre que se tornou uma espécie de mentor espiritual até sua mudança definitiva para o seminário. Histórias como a do jovem paraense são cada vez mais frequentes. Reitores das casas diocesanas apontam para um aumento do número de seminaristas que, já com uma faculdade no currículo, optam por abandonar suas profissões para dar ouvidos ao chamado de Deus.
IGREJA-03-IE.jpg
MUDANÇA
Schwaab era repórter de jornal até o ano passado.
Hoje é requisitado para entrevistar sacerdotes
Além do médico, no seminário paulista há um dentista, um psicólogo e um pós-graduado em sociologia que formam um grupo de 13 pessoas com curso superior. Em 2013, havia oito (leia quadro). “Estamos aprendendo a lidar cada vez mais com adultos que já chegam com uma considerável bagagem cultural e humana”, diz o padre Lucas Mendes, formador do seminário São José, da diocese de Porto Alegre. Nessa casa, há oito seminaristas com curso superior, sete a mais do que no ano passado. “Atualmente, o processo de maturação é lento, acontece em idades mais avançadas e isso reflete na decisão vocacional tardia.” Seminários como os de antigamente, nos quais o candidato se matriculava ainda criança, com 11, 12 anos, são cada vez mais raros no País. Poucos ainda resistem em regiões predominantemente rurais.
IGREJA-02-IE.jpg
CORAGEM 
Passos cursou economia e ganhava R$ 12 mil como executivo comercial
de uma incorporadora. Aos 36 anos, chegou ao seminário
 
Foi logo após o Concílio Vaticano II (1962-1965), reunião de bispos do mundo inteiro que provocou profundas mudanças na Igreja Católica, que formadores vocacionais passaram a receber candidatos mais velhos. Ainda assim, naquela época em que os católicos representavam mais de 90% da população brasileira, a experiência cristã acontecia já na infância, o que influenciava vocações religiosas precoces. Atualmente, pelo fato de as famílias serem mais enxutas e em muitas delas a tradição católica não vir de berço, a vocação cristã é empurrada para outros momentos da vida. “No caso, muitas vezes, depois de experiências acadêmicas e no mercado de trabalho”, afirma o padre Valdecir Ferreira, assessor dos ministérios ordenados e vida consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
IGREJA-04-IE.jpg
PERFIL
Alunos do Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo: aumento
de 45% do número de seminaristas com ensino superior
A bagagem dos seminaristas com profissão costuma ser aproveitada pela Igreja. Em Porto Alegre, por exemplo, o jornalista Darlan Schwaab, 24 anos, um dos oito do seminário São José, já foi escalado para entrevistar um padre para o departamento de comunicação local. Schwaab era repórter de cultura e gastronomia do jornal “Zero Hora” até o fim do ano passado, quando decidiu seguir uma vocação que já despontava desde pequeno. Nascido no Acre, ele vai à missa aos domingos desde 5 anos, foi coroinha e frequentou retiros vocacionais. “Mas decidi não tomar nenhuma decisão antes de me formar, para discernir melhor”, diz. Para o sacerdote José Luiz da Silva, formador do seminário Santa Cruz, em Goiânia, os jovens de agora não gostam de assumir compromissos duradouros. Ele fala isso tendo em mente os nove anos de estudos necessários para que um aluno seja ordenado padre. “Mas com o passar do tempo a nossa existência cobra isso e, assim, as vocações tardias vão aumentando”, diz.
01.jpg
O pernambucano Adriano Bezerra dos Passos, 36 anos, matriculou-se neste ano no seminário paulista, mas sete anos atrás já havia iniciado um período de acompanhamento vocacional com a intenção de envergar a batina. Nesse hiato, seguiu atuando como administrador financeiro de shopping centers. Os sinais de sua vocação eram tão claros que, em seu último emprego, numa incorporadora que lhe pagava R$ 12 mil mensais como executivo comercial, os colegas o apelidaram de padre. Passos cursou economia, foi coroinha, participou de comunidades eclesiais de base e manifestou ao pai o desejo de ser sacerdote aos 12 anos. Mas foi só no ano passado, ao ver ao vivo o discurso do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, que decidiu mudar os rumos de sua vida. “Eu cresci no meio do povo, em comunidade, faz parte da minha formação. O papa tem o poder de fazer as pessoas se voltarem para a Igreja e eu resolvi me aproximar das dores e do sofrimento das pessoas como ele prega”, afirma.
02.jpg
A decisão do pernambucano, que se candidatou para recolher o lixo no seminário, não foi surpresa para as pessoas próximas, incluindo a então namorada, com quem rompeu para amadurecer os sinais de sua vocação. Seu companheiro de casa, o médico Sarmento, ao contrário, sofreu um pouco mais. Sua então namorada, quando comunicada da decisão de seguir uma vida religiosa, achou que ele a estivesse traindo. “O que choca as pessoas não é a minha escolha, mas o que abandonei, a carreira como médico e o que poderia conquistar financeiramente”, diz. Posando para as fotos com o estetoscópio e o jaleco que trouxe para o seminário, ele completa, parafraseando o evangelista Lucas, também um médico: “No exercício da medicina, eu indicava remédios, cuidava do corpo. Aqui, eu trato as questões da alma, do espírito.”
Fotos: Kelsen Fermandes/Ag. Istoé; Marcos Nagelstein

domingo, 16 de março de 2014

Ontem dia 15 de março o setor Juventude do vicariato de canoas retomou suas atividades.
conversamos sobre o grande evento que se aproxima. a Jornada Arquidiocesana da Juventude que acontecera na catedral metropolitana de porto alegre dia 12 de Abril, as 18:30 com a participação de Dom Jaime speingler

sábado, 15 de março de 2014

Cristãos evangélicos e católicos rezam juntos na Canção Nova

Eu ando vivenciando muita coisa ecumênica ultimamente e estava pensando em trazer algo neste sentido para meus leitores quando me deparei com este texto na pagina da canção nova.
Espero que gostem.

Evento ecumênico une católicos e evangélicos na sede da Comunidade Canção Nova para celebrar a unidade
André Cunha
Da redação
Cristãos evangélicos e católicos rezam juntos na Canção Nova
Encristus reúne centenas de cristãos em prol da unidade. (FOTO: Natalino Ueda/CN)
Na tentativa de realizar a palavra de Jesus que está no Evangelho de São João, “Que todos sejam um para que o mundo creia” (Jo 17, 20-26), cristãos evangélicos e católicos participam juntos do Encristus, na Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).
O Encontro de Cristãos na busca da Unidade e Santidade (Encristus) acontece entre os dias 14 e 16 de março, com o tema “Ele pôs em nossos lábios a palavra da reconciliação” (2 Co 5:19).
Centenas de pessoas, vindas de diversas partes do Brasil, participam do evento e representam Igrejas Evangélicas e novas expressões da Igreja Católica de todo o país. São padres, pastores, bispos, religiosos e religiosas, membros de movimentos e novas comunidades. Todos na busca da unidade cristã.
Cristãos evangélicos e católicos rezam juntos na Canção Nova
Dom Francisco Biasin é bispo na Diocese de Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Episcopal da CNBB para o diálogo inter-religioso e o ecumenismo. (FOTO: Natalino Ueda/CN)
De acordo com o bispo católico, Dom Francisco Biasin, a principal característica do Encristus é a presença do Espírito Santo que uni os cristãos de várias denominações, de várias Igrejas, na busca da unidade e santidade.
“Não é um encontro promovido pelas instituições eclesiásticas, como a CNBB, por exemplo, ou alguma Igreja evangélica. Mas é uma vocação que membros das Igrejas, a partir de uma forte experiência com o Espírito, têm na busca da unidade. Atendendo, portanto, ao chamado, ou melhor, à oração de Jesus que diz: “Pai, que todos sejam um para que o mundo creia”, tendo a consciência plena de que a unidade é essencial para que o Corpo de Cristo una cada vez mais os membros de Igrejas diferentes”, afirmou o bispo.
Neste mesmo sentido, o pastor evangélico Jamê Nobre, considera que o encontro tem uma importância singular por fazer descobrir a vida de Deus entre os cristãos e animá-los na caminhada. “A minha aproximação do Encristus tem me dado força para eu caminhar onde estou. A partir do Encristus eu consigo ver coisas no meu ambiente que não vejo estando dentro dele”.
Cristãos evangélicos e católicos rezam juntos na Canção Nova
Pastor Jamê Nobre, membro de Igreja Evangélica. (FOTO Natalino Ueda/CN)
“Quando me afasto um pouco do meu normal, da minha caminhada comum, e me afasto estando no Encristus, eu vejo coisas que não veria. Então ali recebo de Deus algumas direções, algumas abordagens que me ajudam a pensar nos irmãos onde estou”, ressaltou.
Pela segunda vez a Comunidade Canção Nova acolhe este evento ecumênico. A primeira edição do Encristus aconteceu em 2008, na cidade de Lavrinhas, interior de São Paulo. A casa hospeda a primeira etapa de formação da comunidade católica, o pré-discipulado. Na ocasião, participaram do Encristus, o fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib e Luzia Santiago, cofundadora.
Para o diácono Fabiano de Albuquerque, membro da comunidade católica, ao sediar um evento como o Encristus, a Canção Nova também visa colaborar para que a palavra de Jesus – “Que todos sejam um” – se concretize.
Cristãos evangélicos e católicos rezam juntos na Canção Nova
Diácono Fabiano de Albuquerque faz parte do clero da Diocese de Lorena, no interior paulista. (FOTO: Natalino Ueda/CN)
“Que seja dissipada do meio dos cristãos a divisão, a desavença, a falta de unidade. O que a Canção Nova quer com este encontro, além de oferecer um espaço maior para nós do Encristus, é fazer acontecer a unidade. Que tudo aquilo que está sendo dito nas pregações seja vivido, que eles levem para as suas comunidades. Por isso a Canção Nova abre as suas portas, para que todos sejam um”, afirmou.
Esta unidade, segundo o pastor Jamê Nobre, não é uma teoria, como acontece no caso das doutrinas. Para ele, a comunhão é uma possibilidade certa e necessária, e que deve se manifestar em gestos concretos.
“A comunhão significa sentar com você e tomarmos um café juntos; orarmos, principalmente orarmos, e permitir que os dons do Espírito Santo fluam entre nós. É necessário que eu saia da minha cidade e vá até a sua; orarmos juntos, buscar de Deus o que Ele tem a nos dizer, e certamente quando estamos juntos, Deus fala”.
O Encristus segue até este domingo, 16, com uma programação que inclui palestras ministradas por padres, bispos e pastores, além da celebração da “Ceia do Senhor, Missa e Culto simultâneos”. Para conhecer melhor o projeto, acesse o site http://www.encristus.com.br

SÁBADO, 15 DE MARÇO DE 2014, 12H41MODIFICADO: SÁBADO, 15 DE MARÇO DE 2014, 12H51http://noticias.cancaonova.com/cristaos-evangelicos-e-catolicos-rezam-juntos-na-cancao-nova/

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A RCC e sua origem em meio protestante. Algum problema?

A RCC e sua origem em meio protestante. Algum problema?

 32
 
 3017
carismatico_catolico_2
Inegavelmente, a Renovação Carismática Católica é o movimento que mais desperta paixões no meio católico. Uns demonizam a RCC como um poço de heresia protestante, outros a exaltam como a salvação da Igreja. E então, o que pensar?
Bem, todo católico deve estar atento para o que dizem nossos papas: o beato João Paulo II, Bento XVI e Francisco creem que a RCC dá muitos bons frutos para Deus. Porém, como qualquer grupo católico, a RCC não é infalível, e pode naturalmente possuir alguns aspectos que precisam ser purificados. Sendo assim, criticar determinados abusos que ocorrem frequentemente em certos grupos da RCC não significa invalidar o movimento como um todo, mas apenas revela o desejo de que os carismáticos sejam cada vez mais agradáveis a Deus.
Muitos carismáticos encaram as críticas de mente aberta, outros se enfurecem e se fecham completamente, rebatendo que a RCC é aprovada pela Igreja. Entretanto, nos Estatutos da RCC aprovados pelo Vaticano não constam os pontos controversos desse movimento. Por isso, o fato de a RCC ser aprovada por Roma não significa que todas as práticas promovidas pelos grupos carismáticos foram aprovadas pela Igreja.
Pra gente entender melhor essa peleja da gota, vamos analisar os principais pontos de discussão, em uma série de artigos. Hoje, falaremos sobre a origem do movimento.
Origem protestante da RCC
novo_pentecostesA RCC nasceu da experiência de jovens católicos americanos, que costumavam se reunir para orar com protestantes pentecostais (anglicanos episcopalianos). Até que um dia, em um retiro, depois de muito pedir para que o Espírito Santo descesse sobre eles, receberam o chamado “Batismo no Espírito Santo” (explicaremos o que é isso em outro post). Foi então que muitos deles disseram manifestar dons carismáticos tal como no tempo dos Apóstolos, como o discernimento de espíritos, a cura e a profecia.
Bem, que a Igreja Episcopal Anglicana é uma das mais viajantes, perdidas e decadentes de todo o mundo cristão, isso é certo (saiba mais aqui). Agora, que o Espírito Santo sopra onde quer, isso também é certo. O fato é que os católicos carismáticos abraçaram esse aspecto “místico”, digamos assim, dos episcopalianos, mas não recuaram em nenhum milímetro dos dogmas católicos. Aliás, uma forte característica dos carismáticos é a postura de submissão às autoridades eclesiásticas: procuram obedecer ao Papa, aos bispos e ao pároco.
Na minha paróquia, ao menos, o pároco não pode dizer um “A” que os carismáticos se mobilizam imediatamente, procurando viabilizar suas mais leves sugestões. Eles não simplesmente discursam: fazem. É gente que bota a mão na massa!
Infelizmente, grupos carismáticos – ou que indevidamente se dizem carismáticos – não acham suficiente “importar” dos protestantes o pentecostalismo; eles copiam também toda a palhaçada crente neopentecostal: novos ritos inspirados em passagens do Antigo Testamento, teologia da prosperidade… E o mais constrangedor: uso de técnicas de hipnose e autossugestão para provocar na assembleia a histeria coletiva. Aí é um tal de fulano desmaiar de um lado, outro tem convulsões de outro…
Mas, com a devida condução, os grupos de oração são fonte de crescimento espiritual para os católicos. Fazem o inferno tremer e geram muitos bens para o mundo inteiro. Grupo de Oração CATÓLICO, sim. Culto protestante neopentecostal dentro da Igreja Católica, não!
“Graças ao movimento carismático tantos cristãos, homens e mulheres, jovens e adultos, redescobriram o Pentecostes como realidade viva e presente na sua existência quotidiana. Faço votos por que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja, como renovado impulso de oração, de santidade, de comunhão e de anúncio.”
- João Paulo II Vésperas de Pentecostes, 29 Maio de 2004
Sim, que a verdadeira espiritualidade de Pentecostes, espiritualidade inequivocadamente católica, se difunda na Igreja!
- See more at: http://ocatequista.com.br/archives/12312#sthash.u25jRQku.dpuf

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Teólogo destaca atualidade do exemplo de vida de São Francisco

Lino Rampazzo*
Doutor em Teologia

Arquivo Canção Nova
Prof. Lino Rampazzo é Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Lateranense (Roma) e Coordenador do Curso de Filosofia da Faculdade Canção Nova
A importância e atualidade da proposta franciscana

Desde o dia 13 de março de 2013 temos o Papa Francisco e no dia 11 de janeiro de 2014 toma posse, como novo bispo de Lorena (SP), Dom João Inácio Müller, franciscano. Isso pode nos levar a perguntar: o que significa para os cristãos e para o mundo a figura de São Francisco de Assis, que inspirou a escolha do nome do novo Papa e a escolha de vida religiosa do novo bispo de Lorena? Ou, em outros termos, qual é a importância e atualidade da proposta franciscana? O que Deus quer nos dizer com isto?

Respondo lembrando alguns fatos da vida de São Francisco de Assis (1182-1226), que podem ajudar a repensar a nossa própria vida.

a) Francisco sonhava em ser um cavaleiro vitorioso, mas foi capturado na batalha contra uma cidade vizinha (Perugia), ficou preso e doente. Estes fatos obrigaram-no a repensar a sua vida.

b) Ele abraçou e beijou um leproso. Não foi um gesto fácil, pois ele sempre sentira repulsa dos leprosos, mas nesse momento desceu de seu cavalo e cobriu o homem com seu próprio manto. Espantado consigo mesmo, olhou nos olhos do outro e viu sua gratidão. Enquanto ele mesmo chorava, Francisco beijou aquele rosto deformado pela moléstia. Este parece ter sido o ponto de virada em sua vida.

c) Decidiu seguir o Evangelho à risca, imitando a vida de Cristo. Podemos pensar, a esse respeito, em dois fatos: no Natal de 1223, Francisco criou o presépio em Greccio; e, dois anos antes de morrer, recebeu os estigmas, configurando seu próprio corpo ao Cristo crucificado.

d) Foi portador de paz e de reconciliação, indo ao encontro de todos, sem excluir os muçulmanos que, na época, estavam em luta contra os cristãos.

e) Foi fiel à Igreja, com uma fidelidade criativa, despertando um poderoso movimento de renovação.

f) Foi mensageiro de alegria, anunciando a boa-nova com suas palavras e com suas obras.

g) Quis viver pobre, renunciando a todo desejo de posse e de domínio, tornando-se, assim, livre para o amor.

h) Afirmou a bondade e a maravilha da criação, quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Exemplo disso é o Cântico do irmão Sol: Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente o irmão Sol, que clareia o dia e com sua luz nos alumia...Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã Lua e as Estrelas...

Os cristãos, olhando para Francisco, podem aprender a repensar a própria vida, a ajudar os necessitados, a tornarem-se evangelhos vivos, a serem construtores de paz, amantes de Cristo e da Igreja, mensageiros de alegria, de paz e de respeito à criação.

Os homens de boa vontade, cristãos e não cristãos, olhando para Francisco, serão estimulados a se tornarem construtores de "paz e de bem".

*Prof. Lino Rampazzo é Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Lateranense (Roma) e Coordenador do Curso de Filosofia da Faculdade Canção Nova.




sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Paz e bem galera!
eu não ia postar nada hoje, mas abri o face e me deparei com esta declaração do vocalista da banda Iahweh.

Boa noite amigos.
Por favor, não me achem demagogo com o que vou falar, mas não posso deixar de expressar. Estava eu lendo os comentários do clipe Neblim no youtube, e me deparei com um rapaz que se manifestou como ateu, mas que não sabia por que sentia vontade de ouvir Iahweh.
Não existe premio maior que isso para mim, sei que muitos poderão me achar forçado pelo que estou falando, é lindo ver alguém sentindo Deus através do que eu amo fazer, eu amo cantar essa palavra, ela cura pessoas a começar por mim.
Somando os dois canais é mais de um milhão de pessoas que assistiram esse clipe, se tudo isso foi para essa única pessoa sentir Deus, tenho certeza de que a missão desse clipe já foi cumprida
Quero viver disso e para isso, preciso viver isso.

Ass; André Leitte

é povo... as Bandas de musica católica evangelizando aqueles que muitas vezes as musicas feitas por padres não conseguem alcançar.